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#PROJETOHISTERIA

 1 MULHER É ESTUPRADA

A CADA 11 MINUTOS

ONDE ESTÁ A VOZ 

DAS SOBREVIVENTES? 

O #ProjetoHisteria é um experimento social, produto de uma nova metodologia de educação contra a cultura do estupro chamada #Herstorytelling. Seu objetivo é delinear coletivamente esta cultura, revelando-a como uma política milenar de ódio contra o sexo feminino, representado na História por meio da Santa Inquisição, que queimou (e continua queimando) nossos corpos, junto ao diagnóstico de histérica/louca, uma forma simbólica de prática política inquisitória de aniquilação das memórias das pessoas do sexo feminino.

 

Um dos fundamentos da cultura do estupro é o silêncio, imposto coercitivamente não só por pessoas do sexo masculino, mas também por instituições e discursos que, dominadas pelo sexo masculino, controlam o sentido da palavra mulher e todos os estereótipos sexuais deste lugar social. Tais instituições são controladas pelo sexo masculino tanto quanto os discursos que as permeam. É preciso revelar a misoginia destes discursos com a intenção de combater a institucionalização da cultura do estupro. O discurso da histeria é um dos principais discursos a serem combatidos. Toda sobrevivente sabe o que é ser chamada de louca por não abrir mão de suas memórias e verdades.

Histeria é um diagnóstico fabricado para culpabilizar mulheres por seus traumas sexuais. Quebrar o silêncio é muito difícil quando fazemos isso sozinhas. O ideal, portanto, é que cada mulher seja incentivada a narrar a sua própria história, sabendo que quando uma pessoa do sexo feminino fala por si mesma, ela protagoniza não só a própria história, mas a história silenciada da da humanidade: esta que nunca deu espaço para as narrativas das sobreviventes de estupro ou lésbicas no mercado editorial tradicional. Uma mulher que quebra o silêncio incentiva outras a quebrar também, e isso é poderoso. Este é o objetivo central do #ProjetoHisteria.

A maior evidência de que as mulheres não podem narrar a história de seus próprios corpos é a ausência de narrativas sobre estupro sob a perspectiva política das sobreviventes até mesmo em palestras sobre violência sexual. É possível traçar um paralelo entre o vazio das sobreviventes de estupro na produção do conhecimento humano e a ausência de literaturas lésbicas tanto no mercado editorial e no mundo acadêmico. Ausência de literatura lésbica no mercado editorial é reflexo da censura fascista: tem ligação com o regime militar e faz parte da cultura do estupro.

 

#ProjetoHisteria é um modo de mostrar como funciona o #Herstorytelling, uma metodologia de educação contra a cultura do estupro, na prática. Inspirada na máxima da poeta, mãe, guerreira negra e lésbica Audre Lorde, "o silêncio não nos protege", a iniciativa pretende ser um convite a todas as pessoas do sexo feminino (independente da identidade de gênero) que sofreram violência sexual para que deixem de ser vítimas do sexo masculino e passem a ser protagonistas não só da própria história, mas da luta coletiva do sexo feminino contra a cultura do estupro. Sobreviventes são protagonistas. Quando narramos a verdade sobre nossos corpos deixamos de ser vítimas. Passamos a ser sobreviventes.

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#ProjetoHisteria: um experimento social que permite às sobreviventes de violência sexual que sejam sujeitos produtores de sentido, não meros objetos de estudo.

70% DAS VÍTIMAS DE ESTUPRO SEGUIDO DE GRAVIDEZ NÃO FAZEM ABORTO

90% DOS CASOS DE ESTUPRO

NÃO SÃO NOTIFICADOS

92% DOS ESTUPROS SÃO COMETIDOS PELO SEXO MASCULINO 

Nomear o sujeito da cultura do estupro é fundamental para que se possa criar um movimento de contracultura que vá à raiz do problema. Sim, há pessoas do sexo feminino que estupram e o trauma individual de qualquer tipo de abuso sexual é dolorido e legítimo. Porém, a epidemia de estupros tem um sujeito definido ao longo da História da humanidade: o sexo masculino, independente de orientação sexual ou identidade de gênero. As pessoas do sexo feminino que se engajam na luta pelo direito ao próprio corpo e subjetividade são historicamente jogadas em fogueiras, antes materiais, hoje conceituais, mas não menos violentas. O diagnóstico de histéricas é uma fogueira simbólica praticada por indivíduos e pelo Estado. É contra a Inquisição do Hoje que o #ProjetoHisteria luta.

 

De histéricas a históricas.

Escreveremos juntas a nossa história!

A VERDADE SEJA DITA

A FAMÍLIA É O AMBIENTE EM QUE OS ESTUPROS SÃO MAIS EXPRESSIVOS, REPRESENTANDO 70% DO TOTAL

A IMPORTÂNCIA DE NOMEAR O SUJEITO OCULTO DA CULTURA DO ESTUPRO: O SEXO MASCULINO

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#Herstorytelling

É um conceito criado pela poeta e produtora de conteúdo Natacha Orestes para designar as narrativas do sexo feminino focadas no sexo feminino. Emprestado do conceito lésbico herstory, história do sexo feminino, e storytelling, um método de produção de conteúdo, o #Herstorytelling deve ser incentivado para que o combate à cultura do estupro seja um compromisso permanente. Uma ética a ser difundida e defendida como necessária, útil e saudável para as sobreviventes da cultura do estupro.

 

A prática do #Herstorytelling serve para criarmos, coletivamente, uma cultura de comunicação diferente da cultura inquisitória. Uma cultura em que as mulheres se apoiem umas nas outras, em conteúdos e narrativas próprias, e não no legado que os homens deixaram a respeito da sexualidade das mulheres. 

Ginocentrar para descolonizar!

O SóMinas é uma iniciativa surgiu com o objetivo de empoderar pessoas do sexo feminino na música, em especial a produzida eletronicamente. Um ano depois de sua criação, o SóMinas deu origem ao #ProjetoHisteria que, inicialmente, seria somente um nome artístico para assinar as MixTapes que Natacha Orestes fazia para se sentir viva.

 

Natacha resgatava um sonho da adolescência (aprender a mixar) com fins terapêuticos: ter momentos de aprendizado autogerido e prazeroso para sobreviver às histórias de violências sexuais, utilizando da arte para sublimar o estresse pós-traumático. A terapia autônoma acabou servindo de ponte para que a autora do #ProjetoHisteria decidisse mixar sua bagagem profissional como redatora publicitária, seu ativismo poético e o início de seu trabalho como DJ.

 

Daí para a criação do movimento #MulherArtistaResista e o entendimento de que havia descoberto uma metodologia de educação contra a cultura do estupro - o incentivo da quebra do silêncio por parte das pessoas do sexo feminino - foi um pulo. Natacha ocupou o máximo de mídias possíveis, tentando usar de diversas linguagens para passar sua mensagem de incentivo para que as mulheres se levantem contra a cultura da censura do sexo feminino na história do pensamento humano, ajudando umas às outras a manter nossas memórias vivas, para que não sejam repetidas.

Ouça a 1ª MixTape gravada pelo #ProjetoHisteria para divulgar o método #Herstorytelling de contação da história do sexo feminino.

Abrindo com chave de ouro: Luana Hansen!

#Herstorytelling apresenta: Luana Hansen - (#ProjetoHisteria MixTape)
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